Recomeço…
Yvette K. Centeno
…e outras coisas mais e outras menos, conforme o correr dos dias (notas de não-ficção)
Abertura de João Barrento
Yvette K. Centeno publicou na Amazon dois volumes de escrita auto-biográfica, de reflexão filosófica, de observação do mundo, intitulados Sintomas; o primeiro, cobre o período de 13 de Junho de 2013 a 31 de Dezembro de 2014; o segundo, o período de 1 de Janeiro de 2015 a 31 de Dezembro de 2016. Respeitando a vontade expressa da autora, neste Recomeço integramos os textos daqueles volumes e os originais de dois volumes intitulados Acabar (I) e Acabar (II), que cobrem o período 13 de Junho de 2013 a 31 de Dezembro de 2022.
A abrir este volume, singular a todos os títulos, um texto de amizade de João Barrento, que termina assim:
«Hoje, apesar de todos os males do mundo e do corpo, a palavra continua a mover-se – eppur si muove! –, num eterno Recomeço, como o deste planeta ameaçado mas ainda não morto! Continuemos então, ainda e sempre entre silêncios. Tu já sabias que esse é o caminho, quando escreveste:
Cultivemos a planta
do silêncio: negro-musgo.
(…)
[Com] palavras
talhadas a cutelo.»
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Excerto
17 de Agosto
Penso em coisas simples, coisas pequenas. Terão algum interesse para quem leia? Post no Fb, depois levado para o meu blogue de escrita criativa – sempre o mantenho vivo, escrevendo um pouco:
Tempos:
Tento, procuro, não encontro.
Não é o espaço,
É o tempo.
Podia voltar ao peso das palavras: que peso têm para quem as lê? Terão o peso que cada leitor já transporta consigo, previamente, um peso de leituras feitas, assimiladas, de cultura vivida e entendida – ou não terão peso nenhum, o leitor passará por elas como o vento que as leva. Depois da troca de receitas com o ZL, pouco sobrará para conversa. Falaria, se ele gostasse de poesia (mas já confessou que não é apreciador) do que é pequeno, simples, e ainda assim inspirado. Como o Rimbaud em êxtase alquímico, de fusão plena, nos versos da Eternidade. Quem gostará, como eu, de os dizer tão repetidamente?
O que é a Eternidade?
É o mar misturado com o sol
(C’est quoi l’éternité?
C’est la mer
Mêlée au soleil)
(…)
Nota de leitura

