Os que não caem como Ícaro

Catarina Costa

A tragédia não está em os homens caírem dos altos, mas em caírem sem antes se terem podido elevar mais do que um palmo acima da terra. Aqueles que não caem como Ícaro são os que sucumbem desasados a uma só estocada rente à superfície, nunca se transformando em mito. Prestemos, pois, homenagem àquilo que não teve voo suficiente e foi condenado, mas refreando a pulsão para o embelezar; gravemos o seu retrato fiel e nítido cujo único sombreamento seja dado pelo ângulo da carne declinante.

 

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Excerto

(…) basta pestanejar com regularidade
para sacudir dos olhos as cinzas
e fazê-las cair aos nossos pés,
desamparadas (…)

Nota de leitura

“uma voz singularíssima, das mais fortes da poesia portuguesa recente” José Mário Silva, Jornal Expresso

“uma poesia de costas voltadas à vulgaridade” Hugo Pinto Santos, Ípsilon, Jornal Público

Ficha Técnica

ISBN 978-989-9154-56-8
Formato 14x20cm
Páginas 90
Data de edição Fevereiro de 2025
Género Poesia
Nº de edição 341
Colecção azulcobalto nova série # 002
PVP 16,80 €

Autor