O escuro anterior
Luís Carlos Patraquim
Luís Carlos Patraquim tem uma arte poética bem calibrada, capaz de escrever poemas curtos muito expressivos e quase expressionistas, verbalmente densos e imprevisíveis, com uma aposta imagística eficaz. São poemas a que podemos aceder apenas pela sua força verbal, estribada também numa repetição quase ritualística e num sentido rítmico notável.
[Pedro Mexia (sobre a pbra poética de LC Patraquim)]
Excerto
Eu vi a máquina fora do mundo
um brilho ácido arterial
aos gomos
a máquina pedra
multifacetada
e não obstante
informe
Nota de leitura
Depois de Rui Knopfli, Sebastião Alba e José Craveirinha, Luís Carlos Patraquim (nascido em 1953, na então Lourenço Marques) é provavelmente o maior poeta moçambicano.
Patraquim tem uma arte poética bem calibrada, capaz de escrever poemas curtos muito expressivos e quase expressionistas, verbalmente densos e imprevisíveis, com uma aposta imagística eficaz. São poemas a que podemos aceder apenas pela sua força verbal, estribada também numa repetição quase ritualística e num sentido rítmico notável.
[Pedro Mexia, sobre a obra poética do autor]