Culto Mariano na Ilha do Pico
Ermelindo Ávila
O presente trabalhinho foi escrito há precisamente vinte e cinco anos. Trata-se de uma palestra feita no salão da Câmara Municipal da Horta, por ocasião da festa de Nossa Senhora das Angústias e a pedido do Pároco de então, Revmo Padre Júlio da Rosa, – que depois recebeu da Santa Sé, o título de Monsenhor, presentemente já falecido e a quem presto a minha modesta homenagem de respeito e admiração, envolta num misto de saudade bastante sentida pela amizade que sempre me dispensou. Era então o ano de 1991. Precisamente há vinte e cinco anos!
Descobriu-a agora, entre os meus “papéis velhos”, o meu filho José Gabriel e sugeriu-me que a publicasse, associando-me ao primeiro Centenário das Aparições de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, que ocorre a 13 de Maio de 2017.
E neste ano em que se celebra o Jubileu da misericórdia, julgo ser um bom contributo para assinalar este tempo jubilar e a abertura das celebrações diocesanas das Aparições da Senhora na Cova da Iria.
Que mais poderia fazer para me associar a tão notáveis acontecimentos, em louvor da Virgem que, em Fátima, se identificou como Senhora do Rosário?!
Trata-se de um modesto trabalho sem quaisquer intenções publicistas, que deseja somente ser, como disse, um modesto testemunho de quem professa com humildade, a doutrina de Cristo, Rei e Senhor das Nações.
Ermelindo Ávila (Outubro de 2016)
Excerto
A introdução da devoção a Nossa Senhora de Lourdes foi uma verdadeira explosão de Fé que irradiou, assombrosamente, para toda a ilha e até para junto dos picoenses radicados nos Estados Unidos da América. E, apesar de todas as vicissitudes, nos cem anos decorridos, a devoção à Virgem de Lourdes não afrouxou. A Virgem continua a ser invocada pelo povo crente e especialmente pelos homens do mar, esses quase lendários baleeiros que, em horas de perigo, sempre e com o maior êxito, recorreram à protecção da Senhora de Lourdes. E Nossa Senhora jamais lhes faltou com Sua Maternal protecção.
Os baleeiros assumiram, desde o primeiro ano, a responsabilidade dos festejos externos; festejos que sempre se têm mantido com esplendor e sem prejuízo nem atropelo das solenidades litúrgicas.
Nota de leitura