Nervo

João Candeias

«A poesia não tem “fórmulas” certas, embora se tente impor esse objectivo. Esta poesia pretende reflectir o inconsciente da sociedade em que vivemos.

A nossa individualidade é a nossa liberdade.

Não permitamos pois que nos esmaguem com a irracionalidade das massas e a fatalidade no recôndito do tempo.

A  fragmentação do texto é mais uma forma de oposição à constância da lei e da ordem estabelecidas.»

[João Candeias]

 

Excerto

iniciação

 

a canção oferece-se
ao primeiro alvor da palavra
o canto canta na voz
de um muezim.
a voz canta a água inicial
a língua mergulha no som
leito comunicante.
a língua canta o pensamento.
a razão desvela-se
mergulha profunda.
e, no entanto, sendo precária
a língua é infinita

Nota de leitura

Ficha Técnica

ISBN: 978-989-8592-72-9

Dimensões: 11x15cm

Nº páginas: 64

Ano: 2016, Setembro

Edição: # 088

Género: Poesia

Colecção: azulcobalto # 039

PVP: 10 €

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Autor