Na Proa, a Baleia
Abel Correia
Na Proa, a Baleia, baseia-se na investigação realizada pelo autor “O desportivo, o social e a gestão do património dos botes baleeiros nos Açores”, produzida em 2015 e 2016 com o apoio da Direcção Regional da Cultura da Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura, Governo Regional dos Açores, no âmbito do apoio ao património
baleeiro.
A investigação teve como objectivo a identificação, a interpretação, a discussão e a contextualização da dimensão desportiva dos botes baleeiros nos Açores. E também elegeu como objectivo a promoção dos botes baleeiros como prática desportiva para a formação e a integração dos jovens na cultura do mar e no património açoriano.
Excerto
Os sete capítulos estão organizados em diversos temas e sub-temas. No capítulo 1, apresentam-se temas da baleação, relevando-se a competição que existia entre os baleeiros, bem como as regatas históricas e as regatas em momentos festivos que aconteciam nos Açores. No capítulo 2, recortam-se temas que focam o fim da caça à baleia e o processo de transição na recuperação do património baleeiro e o início da organização de regatas com carácter regular. No capítulo 3, abordam-se as entidades que, ao longo do tempo, foram assumindo a gestão do património baleeiro, permitindo a realização dos treinos e das competições desportivas no mar: freguesias, clubes, filarmónicas, associações e empresas e particulares. O capítulo 4, é dedicado à legislação, à organização e ao financiamento do movimento que permitiu a transformação do património baleeiro em regatas desportivas. Neste sentido, releva-se o quadro legislativo regional, a Comissão do Património Baleeiro, o financiamento do Governo Regional e dos municípios e o projecto Baleiaçor. No capítulo 5, os temas ilustram a preservação e a utilização do património baleeiro nas regatas desportivas. O capítulo 6, foca-se nas regatas a remo e à vela, sendo que a abordagem das questões específicas da organização das regatas acontece no capítulo 7. No capítulo 8, sob a designação genérica de “Incertezas e multiplicidades”, um conjunto de temas que constituem e são actualidade do movimento, são apresentados: a adesão dos jovens, as mudanças nas entidades que gerem o património com a passagem geracional, as questões da divulgação e do turismo, o financiamento, a identidade açoriana e, como não podia deixar de ser, os carpinteiros, pois é necessário recuperar e construir embarcações; em síntese, um conjunto de temas que trazem para a discussão o futuro dos botes baleeiros.
Nota de leitura