É preciso romper o amanhã. Madalena Ferin revisitada
Vasco Medeiros Rosa
«Este livro não é senão uma tentativa, amplamente justificada, de resgatar Madalena Férin (1929-2010) do esquecimento, trazendo quanto possível ao conhecimento dos marienses, dos açorianos em geral e dos portugueses continentais a poeta e a romancista que ela foi mas que há muito não tem novas edições disponíveis.»
— Vasco Medeiros Rosa, da “Explicação”.
O Arquivo Literário sobre Madalena Férin inclui textos de: Álamo Oliveira | Amândio César | Ana Cristina Correia Gil | António Ferreira Monteiro | Armando Côrtes-Rodrigues | Eduíno de Jesus | Fernando Mendonça | Félix Rodrigues | Irene Amaral | Jaime Brasil | João Afonso | João Rui Mendonça | José Enes | José de Almeida Pavão | José Henrique Borges Martins | Maria Estela Guedes | Rebelo de Bettencourt | Ruy Galvão de Carvalho | Urbano Bettencourt | Victor Rui Dores.
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Excerto
Uma família deveras singular
«Sísifo feliz», «Penélope adiada»… Assim foram chamados os irmãos José Nuno da Câmara Pereira (1937-2018) e Madalena Férin (1929-2010) — desconheço se atributos do mesmo quilate clássico foram apontados a outros dos nove filhos do «poeta romântico» Armando Monteiro da Câmara Pereira (1898-1974) e de Leonor Rodrigues Velho Arruda (1907-80), quase todos eles bem dedicados a letras e artes: Armando Emanuel Monteiro Câmara Pereira (1938-2018), autor de Tempo Redondo (1981), Pangea (1988), Epifanias: silêncio de Évora, psaltério do Sul (1992) e «Imago Mundi»: poema para os habitantes de Sírius (2000); Fernando António Monteiro da Câmara Pereira (1935-85), o poeta de Mar Branco: Açores (1982); Jacinto Monteiro (1933-2003), padre e historiador, que escreveu Memórias da Minha Ilha (19822), deixou trabalhos muito incisivos sobre a passagem de Cristóvão Colombo por Santa
Maria, e cuja propensão para a memória ilhoa parece ter herdado do avô Manuel Monteiro Velho Arruda (1873-1950), e do pai, que ainda viu lançada ao prelo a sua recolha de contos e lendas sob o sugestivo título de Pedras de Santa Maria (1969), decerto um livro a merecer reimpressão. (…)
Nota de leitura