Ramiro S. Osório
Nasceu em Lisboa, 1939. 22 anos em Paris, onde estudou: semiologia com Barthes, cinema com Rouch e se diplomou… em arquitectura. Muuuitas looongas estadias no Rio, onde até literatura anti-leccionou.
Alguns títulos publicados:
ramirosório superstrass / superstress, Moraes; As 21 noites e os 12 valiums, &etc; A Lua Prometida, Afrontamento; Xarope Ficção/Embarque Imediato, Gota d’Água e Imprensa Nacional; ramirosório superstrass (99), &etc; amor cinza perfeito, co-autora Edel Atemkristall, Edicarte; o resto é silêncio & peanuts, Oficina do Cego; Ao Largo de Delos, Companhia das Ilhas; RSO & SBC, co-autor Sebastião Belfort Cerqueira, Douda Correria, O LÁPIS SURDO sou eu, Sulfúria. Obras colectivas: Les maux par les mots, Mercure de France; E a minha festa de homenagem? – Ensaios para Alexandre O’Neill, Tinta da China; A Garganta Inflamada, Companhia das Ilhas.
Textos teatrais representados pelo Grupo Teatral da Universidade Técnica, em Lisboa e em Grenoble: Rencontres du Jeune Théâtre Européen.
Duas vezes premiados pela Associação Portuguesa de Escritores. Distinguido por: Ministério da Cultura, Instituto do Livro, Ministério da Educação brasileiro, Asociación Literaria de Noveles Españoles, trupe Forced Entertainment (Tim Etchells). Residência literária na Fondation Jan Michalski (Suíça), com o projecto À la recherche de la pomme perdue.
Ramiro S. Osório tem tido uma actividade literária ao longo de dezenas de anos, sobretudo, mas não exclusivamente, como poeta. A sua obra está consolidada no panorama da criação portuguesa, e situa-se na raiz de uma convulsão cosmopolita, rebelde, de invenção sem regras. Usa a linguagem como um material concreto, fonológico, gráfico, em que um forte pendor experimental é equilibrado por afloramentos de humor surrealista, num flagrar inconfundível de desconcertos.
Fernando Cabral Martins