Nicolau Maquiavel

Nasceu em Florença (1469) e pouco se sabe da sua juventude. A biografia de Maquiavel começa em 1498 com a entrada para secretário da Segunda Chancelaria, tendo a seu cargo os negócios estrangeiros, a guerra e o interior. Exerceu funções durante 16 anos, sendo demitido após o fim da República e o regresso dos Médicis ao poder. Já havia publicado poemas e textos de carácter político, mas só então se dedicou seriamente à elaboração da obra filosófica, destacando-se, neste domínio, O Príncipe (1513). Escrito durante o exílio em San Casciano, apenas foi publicado postumamente no ano de 1531. Chegou a ser preso e torturado, acusado de conspiração. Maquiavel ficaria conhecido por essa obra em que fez equivaler a arte da guerra à arte de governar: os fins justificam os meios. A peça Mandrágora terá começado a ser escrita em 1514, vindo a lume pela primeira vez dez anos depois. É hoje considerada uma obra-prima do Renascimento, graças aos elogios de Voltaire e de Carlo Goldoni. Para teatro escreveu ainda Andria (1517), adaptada de Públio Terêncio Afro, e Clizia (1525), que estabelece com Mandrágora um elo estreito através da repetição da máxima «pure le carne tirano» (a carne é fraca). Os últimos anos de vida foram dedicados a uma História de Florença (1525), encomendada por Giulio di Médici, mais tarde Papa Clemente VII. Morreu no dia 21 de Junho de 1527, na pobreza e afastado do poder.

Na Companhia das Ilhas