José Enes

Lajes do Pico, 1924 – Lisboa, 2013.

É um dos mais importantes filósofos portugueses do século XX.

A vida pública e a obra escrita de José Enes, de formação em escolástica tomista na Universidade Gregoriana de Roma (1945-1950 e 1964-1966), professor da Universidade Católica entre 1968 e 1973, e, a partir de 1976, professor e primeiro reitor da Universidade dos Açores, jubilando-se como vice-reitor da Universidade Aberta (1992-1994) – têm sido atravessadas por três explícitas paixões: a Poesia, os Açores e a Filosofia.

Da sua extensa actividade intelectual e de acção social, é justo destacar ainda: a fundação da página cultural “Pensamento” do jornal União, a organização do movimento das Semanas de Estudo dos Açores, a criação do Departamento de Filosofia da Universidade Católica e a organização do Ciclo Propedêutico de Filosofia na Licenciatura em Teologia desta Universidade; a Presidência das Comissões de avaliação dos Cursos de Filosofia das Universidades portuguesas (dois primeiros ciclos).

Especulação e acção, em José Enes, constituem duas faces da mesma realidade, como o lema “mais conhecer para melhor viver”, da II Semana de Estudo dos Açores traduz. A sua investigação filosófica, pura ou aplicada, tinha por objecto descortinar “a insubstituível pertinência de um discurso científico em ordem a se tornar possível a compreensão de um dado momento histórico e a propiciar o atinado acerto das decisões que selecionarão e actuarão as suas potencialidades de futuração.»

Principais publicações: Água do Céu e do Mar (1960), Autonomia da Arte (1964), À Porta do Ser (1969, 1990), Estudos e Ensaios (1982), Linguagem e Ser (1982), Noeticidade e Ontologia (1999).

Na Companhia das Ilhas