No prelo
Este é o terceiro volume da série Poesia da Obra Completa de Vitorino Nemésio. Com esta edição, destinada a um público vasto, em que cada volume é revisto e apresentado por um especialista na matéria, a Imprensa Nacional e a editora Companhia das Ilhas dão um contributo decisivo para a divulgação e o conhecimento da obra de um dos escritores que ficarão para a história da literatura portuguesa do século xx: Vitorino Nemésio Com este volume se encerra a reedição, nesta coleção, dos livros de poesia que Vitorino Nemésio foi preparando e publicando ao longo da vida, bem como de poemas que ele publicou dispersamente e que não recolheu em livro. Neste terceiro volume — Poesia (1963-1976), temos os derradeiros livros publicados em vida do Autor: O Cavalo Encantado (1963), Canto de Véspera (1966), Vesperais (1966), Poemas Brasileiros (1972), Limite de Idade (1972) e Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas (1976), e mais sete poemas dispersos, dois deles publicados em 1920 e cinco entre 1959 e 1977
Edição literária de Luiz Fagundes Duarte.
Nas Livrarias: última semana de Dezembro de 2024.
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Reflexões de um canceroso
O relato autobiográfico contido neste livro – como fica, porventura, explícito no diário que o integra –, termina, por decisão do autor, aos primeiros dias do Outono de 2015, quando concluíra todos os tratamentos e lhe fora agendada a primeira consulta para acompanhamento de rotina bimensal. O cancro tinha desaparecido.
Nessa altura, também os familiares e amigos imaginavam Mário Cabral “velhinho”, mestre de “orelhas grandes”, a continuar a ensinar e a fazer as suas artes “com a ajuda de um assistente”.
No entanto, já depois da organização dos textos que dariam forma a Não te Abandonarei, Meu Corpo, a doença regressaria, primeiro afectando-lhe a coluna e, mais tarde, os pulmões, conduzindo-o à morte prematura em Agosto de 2017. Tinha 54 anos, a mesma idade com que o pai falecera da mesma doença, como referido pelo autor, com o desassombro que marca toda a obra, logo nas primeiras páginas.
Este livro, dividido em duas partes, uma primeira em forma de exposição do seu caso pessoal e uma segunda compilando ensaios breves mais ao registo habitual do autor, oferecem como poucos a sensação de estarmos a privar também com o homem: a partilhar, não só do seu quotidiano, mas também da sua extraordinária cultura, sensibilidade e singular visão do mundo.
Os poemas “Voto de Pobreza” e “Milho Verde de Julho”, referidos no texto “Os Fortes e os Fracos”, foram reunidos com outros da mesma temática e período, por escolha dos editores, num volume autónomo, sob o título Poemas do Hospital.
Alexandre Borges – “Nota editorial”
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Reúnem-se nestas páginas dois conjuntos de poemas agrupados sob o mesmo título, Poemas do Hospital, encontrados no espólio de Mário T Cabral: um de forma autónoma, outro como secção integrante de Não Te Abandonarei, Meu Corpo. Alguns surgiram já em títulos anteriores nesta colecção, casos em que o mesmo se indica no final do respectivo poema. Por entenderem que a sua inserção neste contexto e sob este título, fortemente ligado à biografia do autor, lhes confere novo e mais amplo sentido, optam os editores pela republicação. A repetição de textos e/ou personagens em diferentes obras, criando intertextualidades, porventura, inesperadas, capazes de se iluminarem reciprocamente, era, de resto, prática comum no escritor, como o mesmo explicita e defende, aliás, na obra que constitui a segunda parte deste volume.
Arte Poética – Lições de Poesia para Mim Próprio não se encontrava entre os documentos deixados por Mário T Cabral destinados a publicação, finalizados ou em curso. Trata-se de uma obra teórica escrita para orientação própria, como indicado no subtítulo, e de amigos, como sugerido na epígrafe à mesma. A presente edição é feita a partir da digitalização de uma dessas cópias enviadas a amigos: um caderno dactilografado e encadernado pelo autor, com notas, correcções e adendas manuscritas, nem sempre legíveis na totalidade.
Datada do Verão de 1996 e não se conhecendo actualização posterior, poderá apresentar ideias e versões de textos que conheceriam, depois, evolução na obra e pensamento de Mário T Cabral. Constituem, no entanto ou por isso mesmo, um documento valioso para melhor entendimento desses mesmos pensamento e obra, referências e estilo do autor.
Nota final para a idade que Mário Cabral teria à época da redacção de Arte Poética. Estas são, de algum modo, as “Cartas a um Jovem Poeta”… de um poeta surpreendentemente jovem. [Alexandre Borges]
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Durante bastante tempo, Mário T Cabral foi assíduo colaborador do jornal angrense Diário Insular. No segundo ano da sua participação, as crónica versaram a “Política”, porque, como ele mesmo diz, «Num tempo em que o mundo da política é medíocre e imoral, uma pessoa sensata talvez devesse afastar-se do campo. A verdade é que o assunto é central à Humanidade e um cidadão responsável tem o dever moral de combater a decadência.» Alinham-se soba designação “Maranatha”. Diz o autor: Maranatha é o nome do país que vou desenhar durante este ano nas minhas crónicas de sábado. Pensei noutros títulos, como sejam: República, Utopia, Tribuni Plebis…Trata-se dum modelo ideal de sociedade humana, onde cada pessoa se realiza integralmente no grupo. Não vou fingir que estou num tempo nunca vivido ou num lugar que não existe na Terra; por isso, deixei cair o título Utopia. Muitas das melhores soluções sociais já foram vivenciadas; não acredito no bom selvagem nem subscrevo o ideal do progresso. É minha vontade mostrar que se pode falar de política de maneira concreta e simples, evitando a retórica moderna, que interessa aos homens mal intencionados. Parto da pergunta: «Se tivesse de organizar uma nova civilização, como a faria?». Não vou aparentar ter perdido a memória ou a idade. Não ponho nada do passado fora: nem os erros, nem os grandes feitos. Vou construir a minha cidade com todos os meus conhecimentos factuais, filosóficos, morais, etc. Mas dou-me o direito pleno de criar o novo.
Contém sete capítulos: Introdução, Fundamentos, Poder, Economia, Educação, Cultura e Religião.»
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Esta novela de Mário T Cabral, joga (brinca) com as tentativas de linguagem e estórias da sua terra natal (Angra do Heroísmo), a reflexão filosófica e os posicionamentos ético-religiosos – traços comuns da sua obra ficcional, que, aliás, é inseparável da sua criação poética, onde tantas vezes se diluem as fronteiras de género. características que andam a par com uma arreigada singularidade literária (lato sensu) deste criador açoriano, prematuramente desaparecido de entre nós.
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«(…) todos os livros publicados por determinada editora podem ser vistos como anéis de uma mesma corrente, ou segmentos de uma linha de livros, ou fragmentos de um livro único formado por todos os livros publicados por essa editora.»
Roberto Calasso, “A edição como género literário”, de O CUNHO DO EDITOR.
- JANEIRO
# Cláudia Lucas Chéu: UM QUARTO COM VISTA SOBRE O MEU QUARTO
# Cláudia Lucas Chéu: A CABEÇA MUDA [edição da Câmara Municipal do Funchal/Teatro Municipal Baltazar Dias em parceria com a Companhia das Ilhas]
# João Barrento: OS INFINITOS MODOS DA PALAVRA. Caminhos e metamorfoses da poesia portuguesa contemporânea
# José António Gonçalves: À LUZ DOS OLHOS DAS BORBOLETAS [edição da Câmara Municipal do Funchal em parceria com a Companhia das Ilhas]
- FEVEREIRO
# Cláudia Lucas Chéu: BEBER PELA GARRAFA (3.ª edição)
# Luísa Freire: MONÓLOGO PARA UMA JANELA NO ESCURO – Poema dramático
# Maria Aurora Carvalho Homem: MALMSEY: UM DOCE PERFUME [edição da Câmara Municipal do Funchal em parceria com a Companhia das Ilhas]
# Yvette K. Centeno: AINDA (poemas 2023)
- MARÇO
# Falk Richter: ÀS DUAS HORAS DA MANHÃ
# Joaquim Costa: POESIA DA VIDA E DA MORTE
# Joaquim M. Palma: VOX HUMANA
# Luís Chacho: ALTO DOS BONECOS
# Luísa Freire: FOLHAS BREVES (haikus)
- ABRIL
# Visões Úteis/Ana Vitorino / Carlos Costa / Mafalda Banquart: UNRAVELING
# Visões Úteis/Carlos Costa/Jorge Palinhos: CIDADES DE BRONZE
- MAIO
# Henrique Manuel Bento Fialho: DOMESTICADORA DE GIRASSÓIS
# Virgílio Martinho: O CONCERTO DAS BUZINAS / O MENINO NOVO
- JUNHO
# António Vieira: O ORÁCULO
# Jorge Aguiar Oliveira: REZA CANIBAL
# Vitorino Nemésio: CORSÁRIO DAS ILHAS / O RETRATO DO SEMEADOR (data de edição Imprensa Nacional: Dezembro de 2023)
- AGOSTO
# Urbano Bettencourt: SANTO AMARO SOBRE O MAR / SANTO AMARO BY THE SEA
- SETEMBRO
# Daniel Hell: O SELF NA CRISE. A CRISE DO SELF
# José Pinto de Sá: ATUNS DE AQUÁRIO & OUTRAS ESTÓRIAS
- OUTUBRO
# Vitorino Nemésio: POESIA III
- NOVEMBRO
# Carlos Jorge Pessoa: TEATRO (IN)COMPLETO. VOLUME IV
# Luís M. Vicente: O LIVRO DA ALICE
# Mário T Cabral: MARANATHA
# Mário T Cabral: NÃO TE ABANDONAREI MEU CORPO
# Mário T Cabral: O DEUS DA SEMANA
# Mário T Cabral: POEMAS DO HOSPITAL
# Sarah Adamopoulos: COM OS PORTUGUESES
# Martin Crimp: DEFINITIVAMENTE AS BAHAMAS / PLAY HOUSE
# Molière: JORGE PATEGO OU O MARIDO HUMILHADO
- 2025
# António Vieira: O TEMPO E O SAGRADO
# Carlos Alberto Machado e Maria João Worm: QUARTA-FEIRA
# Catarina Costa: OS QUE NÃO CAEM COMO ÍCARO
# Cláudia Lucas Chéu: ESCREVO POR VINGANÇA À MORTE
# Diniz Conefrey: ESTÂNCIA DO SINO COBERTO
# Fernando Heitor: LIVRO DE VIAGENS
# Fernando Machado Silva: O SILÊNCIO NUM CAMPO CANTADO PELO VENTO
# Filipe Homem Fonseca: ÚLTIMA REFEIÇÃO ANTES DE MIM
# Frederico Pedreira: APRESENTAÇÃO DO OUTRO
# Henrique Garcia Pereira: OS PRAZERES À ESQUERDA
# João Barrento: ESCOLA DO OLHAR
# José Sebag: VOLUME ANTOLÓGICO (título a definir)
# Luísa Freire (organização e versão portuguesa): O JAPÃO NO FEMININO – I: TANKA (Poesia dos séculos IX a XI)
# Luísa Freire (organização e versão portuguesa): O JAPÃO NO FEMININO – II: HAIKU (Poesia dos séculos XVII a XX)
# Paulo Rodrigues Ferreira: ONDE NÃO SOU É QUE COMEÇO
# Sarah Adamopoulos: CRÓNICAS CANADIANAS
# Sebastião Belfort Cerqueira (título a definir)
# Visões Úteis/Carlos Costa: 2021 – VERSÃO BETA
# Vítor Teves: CONTEIRAS
# Vitorino Nemésio: MAU TEMPO NO CANAL
# Vitorino Nemésio: POESIA IV
# Vitorino Nemésio: ISABEL DE ARAGÃO, RAINHA SANTA
# Yvette K. Centeno: PARA ACABAR (I e II)
Programação sujeita a alterações por motivos de força maior: guerras, pandemias, fascismos e outros flagelos sociais ─ ou simplesmente por estarmos cansados (e não temos de prestar contas a ninguém):
JANEIRO
# Mário T Cabral: É PRECISO QUE TE LEMBRES DOS PASSEIOS COM O TEU CÃO
# André Almeida e Sousa: INVENTÁRIO DE FRASCOS | SOMBRAS CALHAS
# José Ricardo Nunes: ALFABETO ADIADO
# Sarah Adamopoulos: AGOSTO
FEVEREIRO
# Joana Brandão: CAMINHOS / “CORAGEM HOJE, ABRAÇOS AMANHÔ
MARÇO
# m. parissy: INCÊNDIOS DE RUA
# Jean-Pierre Sarrazac: AJAX, REGRESSO(S)
ABRIL
# Carlos Costa | Jorge Palinhos | Miguel Mira: O GRANDE MUSEU DA CONSCIÊNCIA DE ELON MUSK
# Ana Vitorino, Carlos Costa, Gemma Rodríguez: TANG PING, UM WESTERN MODERNO SOBRE NÃO SER NINGUÉM
MAIO
# Raul Brandão: AS ILHAS DESCONHECIDAS
# José Viale Moutinho: À SOMBRA DAS VOZES
# João Barrento: APARAS DOS DIAS – A ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS
JUNHO
# Virgílio Martinho: RELÓGIO DE CUCO / A CAÇA
# Jaime Rocha (coord.): POESIA, UM DIA (2012-2022)
JULHO
# Luís Serra: PINGUE-PONGUE NO TERRAÇO
# Vasco Medeiros Rosa: É PRECISO ROMPER O AMANHÃ. MADALENA FÉRIN REVISITADA
# António Vieira: ENTREVISTA
# Mário T Cabral: METEOROLOGIA. CONTOS PARA ADULTOS QUE NÃO QUISERAM SER GRANDES
# Mário T Cabral: O PORTA-ESTANDARTE
AGOSTO
# Jorge Fazenda Lourenço: FIM DE BOCA E MAIS POEMAS 1981-2023
SETEMBRO
# Nuno Dempster: SEIS HISTÓRIAS PARALELAS
# Urbano Bettencourt: ANTES QUE O MAR SE RETIRE
OUTUBRO
# António Vieira ELOGIO DA DESCRENÇA (2.ª edição)
NOVEMBRO / DEZEMBRO
# Anne Carson: ANTIGOTRIZ
# Carlos J. Pessoa: TEATRO (IN)COMPLETO. VOLUME III
# Mário T Cabral: A CEIA GRANDE
# Mário T Cabral: EUDEMIM
# José Manuel Teixeira da Silva: PENAS PESADAS DA NEVE
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FEIRA DO LIVRO DE POESIA
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PRÉMIO DE ENSAIO PARA ANTÓNIO VIEIRA
António Vieira venceu (ex-aequo com Fernando J.B. Martinho) o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho 2023,…
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JOÃO BARRENTO VENCE O PRÉMIO CAMÕES 2023João Barrento, ensaísta e tradutor, João Barrento publicou diversos livros de…
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